Progresso - Sul e Centro-Oeste batem recorde na geração de emprego

As regiões Sul e Centro-Oeste registraram o melhor resultado da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o mês de abril, com a geração de 53.363 e 31.498 novas vagas, respectivamente. No mês de abril foram criados no Brasil 305.068 postos de trabalho, recorde para o mês e segundo melhor resultado entre todos os meses da série histórica do Caged.

O bom desempenho da região Sul se deve, principalmente, aos resultados dos setores de Serviços (12.322 postos), Indústria da Transformação (22.789 postos) e Comércio (3.090 postos). No Centro-Oeste os destaques foram os setores da Indústria de Transformação (13.028 postos), Serviços (8.562 postos) e Construção Civil (4.176 postos).

Mato Grosso do Sul está entre os estados de melhor desempenho, com saldo positivo de 4.903 novas contratações, equivalente a um crescimento de 1,23% no estoque de empregos com carteira assinada em relação ao mês anterior. No quarto mês do ano, o total de admissões chegou a 23.816 trabalhadores, contra 18.913 desligamentos.

A síntese do comportamento do mercado de trabalho formal em Mato Grosso do Sul em abril revela que essa geração de quase cinco mil empregos representando 1,23% de aumento sobre março faz deste desempenho o melhor de toda a série histórica do Caged para o período. Os setores de atividade econômica que contribuíram para este resultado foram a Indústria de Transformação (+1.778 postos), os Serviços (+1.446 postos) e a Agropecuária (+1.021 postos).

Nos quatro primeiros meses de 2010, houve acréscimo de 14.736 postos (+3,80%). Em termos absolutos, esse desempenho é o terceiro melhor de toda a série histórica do Caged para o período, sendo superado apenas pelo ocorrido em 2007 (+17.489 postos) e 2008 (+15.618 postos). Nos últimos 12 meses, houve um crescimento de +4,70% no nível de emprego ou +18.072 postos de trabalho.

Por Gizele Cruz de Oliveira

Responsabilidade Mundial - 'Aqueles que desprezarem o acordo terão de arcar',

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, afirmou em Brasília, que os países desenvolvidos não poderão ignorar o acordo intermediado pelo Brasil e a Turquia sobre a questão nuclear iraniana.

O que procuramos foi uma maneira de operacionalizar o acordo. Aqueles que desprezarem o acordo por meio de sanções terão de arcar, assumirem outras responsabilidades. Nós assumiremos as nossas, afirmou.

Pelo acordo, o Irã se comprometeu a enviar 1.200 quilos de urânio com baixo índice de enriquecimento para Turquia e receber em troca 120 quilos do material com maior grau, em uma aparente concessão aos apelos da comunidade internacional em relação a seu programa nuclear.

"Todos os pontos que eram considerados essenciais para a troca do urânio, que era o passaporte para uma solução negociada e pacífica todas essa condições foram preenchidas"

Amorim disse que conversou com representantes da China e da Rússia sobre o acordo. Segundo ele, todos se mostraram favoráveis à possibilidade de superação do impasse sobre o programa nuclear iraniano a partir do acordo. O ministro afirmou que vai escrever um termo ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com o acordo fechado: "Estou escrevendo um termo aos membros do conselho de segurança com essa visão", afimrou.

O ministro disse ainda ter conversado com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que nesta terça-feira demonstrou ceticismo em relação ao futuro do acordo, durante discurso no Senado dos Estados Unidos. "Nós não acreditamos que foi por acidente que o Irã concordou com esse acordo bem quando estamos preparando para ir adiante em Nova York", disse Hillary, em uma reverência ao esforço das potências para aprovar uma nova rodada de sanções contra o país.

Sobre as sanções, Amorim disse que a questão deve ser tratada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas espera um pouco de "paciência" das potências que são membros permanentes do conselho (China, Estados Unidos, Fraça, Reino Unido e Rússia).

"Eu acho que desprezar esse acordo seria uma atitude de ignorar uma atitude pacífica", afirmou.

O chancelar afirmou ainda que o enriquecimento do urânio a 20%, como o Irã afirmou que serguirá fazendo, não integrou a pauta de negociações brasileiras.

" É claro que o enriquecimento do urânio a 20% tem uma relação, mas a própria declaração de Teerã prevê que haverá discussões sobre outros aspectos. Não queriámos nem pretendíamos resolver todos os problemas de uma só vez", disse.

Celso Amorin ainda reforçou que confia no "bom senso" dos países em aceitar o termo:

"O que escutávamos é que essa discussão estava bastante avançada entre os membros permanentes. Havia uma espera pela visita do presidente Lula. Claro que não era possível que tudo tenha sido analisado. Esperamos que haja o mínimo possível de entendimento", afirmou

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